Geração analógica, minha história

Geração analógica

Por Márcia Lino

Represento bem a geração analógica

Nascida e criada em Campos Altos, pequena cidade do oeste de Minas Gerais, de família numerosa e filhos brincando no quintal.

A rotina das crianças da minha geração era ajudar a mãe em pequenos afazeres domésticos, estudar e brincar. Nossas brincadeiras, além das tradicionais: bonecas, carrinhos de rolimãs, pipas, pular maré, pique esconde; incluía também muitas atividades esportivas: queimada, vôlei e futebol. Já naquela época Campos Altos tinha um time de futebol feminino, do qual minhas 3 irmãs eram atletas.

Assistir televisão era um lazer caro e privilégio de poucas famílias. Mas, não fazia falta, pois à noite a criançada exausta ia cedo para a cama.

Na adolescência mudamos para Belo Horizonte. Foi um abalo para a família. A troca do sossego de uma cidade do interior pela vida agitada da capital, não foi fácil. Mas, na ocasião foi a melhor decisão. Assim, todos os filhos tiveram a oportunidade de ir para a faculdade e escolher sua carreira.

Sempre gostei de estudar, entrei para a faculdade, conheci meu atual marido e com 23 anos já tinha 3 filhos.

Estudar era um dos meus principais propósitos. Depois de alguns anos no mercado de trabalho, decidi entrar para a área acadêmica. Me tornei professora.

Dar aulas e acompanhar o resultado de aprendizagem dos alunos, sempre foi muito gratificante. Como professora me cabia desenvolver as competências e habilidades necessárias para ter um bom desempenho: comunicação fluente, conhecimento efetivo sobre a disciplina, bem como, desenvolver a necessária relação de respeito, confiança e afetividade com os alunos. O objetivo maior sempre foi a formação do aluno.

Pouco a pouco as novas tecnologias iam surgindo e novos recursos eram inseridos como ferramentas de aprendizagem. O aluno deixa de ter um comportamento passivo e começa a atuar como um elemento ativo no processo de aprendizagem. As informações deixam de ser encontradas apenas nos livros e se tornam acessíveis, ao simples toque do celular.

As redes sociais dominam a comunicação, mudando a forma de se fazer amizades, entretenimento e negócios.

Um novo perfil de professor precisou ser reinventado para atender às novas gerações. Era um turbilhão de mudanças e os professores tiveram que voltar para a sala de aula em busca de conhecimento para o uso das novas tecnologias em sala de aula. Metodologias ativas são inseridas nos processos de aprendizagem, deixando as aulas mais interessantes e dinâmicas. O celular, instrumento indesejável durante as aulas, se transforma em ferramenta de pesquisa.

Estudar as novas tecnologias passou a ser o meu grande objetivo. Especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação, Graduação em Sistemas para a Internet e Cursos de Programação fazem parte do meu currículo.

Sou da geração analógica, mas também sou curiosa, teimosa e persistente. Não me rendo aos novos desafios da era digital.
Mas, percebo que muitas pessoas não estão enfrentando essa transição com muita tranquilidade. Algumas simplesmente desistiram de aprender e vivem completamente excluídas dos processos digitais.

A intenção deste site é conversar, ouvir e compartilhar conhecimento sobre o uso da internet e das tecnologias digitais.

Como eu, muitos da minha geração já estão aposentados, mas nem por isso devem se abdicar de aprender. Atividades simples do dia a dia exigem alguma habilidade digital, então, não se pode acomodar. Não é boa opção ser dependente dos filhos, netos e amigos para executar pequenas tarefas, como: usar as funções do celular, consultar as redes sociais, configurar a TV, pedir lanche pelo aplicativo, dentre outras.

Mudar o modo de ser e de viver não é uma decisão fácil.  É necessário muita coragem, comprometimento e força de vontade.

 

Faça suas escolhas e trace o seu próprio caminho.

Busque sua independência digital.

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