Chikungunya no Brasil – 93.403 casos em 2021

A chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus. De acordo com o site da Fiocruz “o termo chikungunya, em um dos idiomas da Tanzânia, se refere à aparência curvada das pessoas acometidas pela doença.

No Brasil, a doença foi registrada, pela primeira vez, em 2014. Ainda hoje, essa doença, que na maioria das vezes não mata, mas que provoca dores intensas nas articulações dos pés e das mãos, causa grandes prejuízos sociais ao impossibilitar as pessoas para o trabalho.

 Sintomas e Tratamento da Chikungunya

Estou me recuperando da Chikungunya. Há mais de três meses sofro com dores terríveis, que chegaram a me impossibilitar de andar, vestir e me pentear.

Os sintomas começaram de repente. Acordei sentindo desconforto nas pernas. Imaginei que fossem dores musculares, por conta da caminhada do dia anterior. No decorrer do dia, as articulações dos dedos, também começaram a doer.

Assistindo ao Jornal local ouvi notícia sobre a Chikungunya. Inicialmente, recusei a acreditar que tivesse sido contaminada por esse vírus, mas no dia seguinte, as dores aumentaram, tive febre e dores de cabeça.

Os sintomas são bem parecidos com os da Dengue. É aconselhável procurar atendimento médico e fazer o exame de sangue para identificar qual é a doença, que te acometeu.

Diferente da Chikungunya a Dengue pode levar a óbito.

Os sintomas mais comuns da Chikungunya são:

• Febre alta;
• Dores intensas nas articulações dos pés, mãos, dedos, tornozelos e pulsos;
• Dor de cabeça;
• Dores nos músculos e manchas vermelhas na pele;
• Queda de cabelo;
• Problemas de sono;
• Dormência nos dedos;
• Visão turva.

Conforme depoimentos de pessoas infectadas, os sintomas podem ser sentidos de diferentes formas; a minoria não sente nada, em outras, as dores passam depois dos primeiros 15 dias e em algumas as dores podem durar meses, até  anos.

Pessoas que já possuem alguma lesão muscular e/ou articular, sofrem mais, pois as dores são potencializadas nessas lesões. Uma tendinite no ombro, contraída na época em que nadava, voltou, apresentando dores intensas. Tais dores me limitavam para os movimentos mais simples.

Somente depois de 4 meses comecei a melhorar. Como sou muito ativa, faço caminhadas e atividades físicas, as restrições me deixaram entristecida e temi entrar em estado depressivo. O esforço foi muito grande, mas estou saindo dessa....

O mais impressionante é que não tem tratamento específico para Chikungunya. O corpo precisa eliminar o vírus. Enquanto isso, ao paciente é indicado apenas medicação que alivia a dor, como o analgésico paracetamol, para febre e dor de cabeça. Lembrem-se sempre com prescrição médica.

Se a dor for muito intensa, normalmente o médico indica medicamentos mais fortes.

E você fica tão desesperado, que começa a tomar todos os chás e fitoterápicos que te recomendam. No final, você nem sabe o que te ajudou a se curar.

Prevenção

Ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. Mas, a boa notícia é que o Instituto Butantan iniciou, em janeiro de 2022, o ensaio clínico da vacina, em parceria com a farmacêutica Valneva Áustria GmbH.

De acordo com publicação do Instituto, a “vacina que chegou na fase 3 dos ensaios clínicos, foi premiada internacionalmente com a designação de revelação (Breakthrough Designation) pela Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória norte-americana”.

Até que a vacina seja disponibilizada para toda a população, o site Tua Saúde faz algumas recomendações de como se prevenir:

• Manter o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros de mosquito;
• Usar roupas que minimizem a exposição da pele, durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos;
• Usar repelentes e inseticidas, seguindo as instruções do rótulo;
• Usar mosquiteiros, principalmente, durante o dia.

 Recuperação e valor à vida

Ainda não estou completamente curada, mas já voltei às atividades do dia a dia.

Além disso, retomei as minhas caminhadas e comecei a nadar.

Que prazer.... Que satisfação andar sem sentir dor.

Passei a valorizar os movimentos mais elementares, que o meu corpo, agora, é capaz de fazer.

Como dizia a Dona Tereza, minha mãe: “só damos valor à saúde, depois que a perdemos”.

Sábias palavras...

Bora aproveitar a vida!