População idosa no Brasil supera 30 milhões de pessoas!

A população idosa no Brasil está crescendo! Qualidade de vida e acesso à saúde são fatores que favorecem à longevidade. Familiares, Sociedade e Estado têm que aprender a lidar com essa parcela da população. Esse novo cenário estimula estudos e pesquisas capazes de conhecer, medir e entender as necessidades, os hábitos e relacionamentos desse grupo, qualificado por Terceira Idade ou Melhor Idade.

Estudos mostram que a terceira idade é mais aceitável e prazerosa quando há amor e estrutura familiar. Ocorre que, às vezes, isso não é suficiente para assegurar que a qualidade de vida dos idosos seja adequada ou minimamente saudável e segura.

Há necessidade do atendimento a outros quesitos, como assistência financeira, cuidados especiais, participação social, serviços de saúde, segurança e transporte, dentre outros.

Sabemos que, infelizmente, as políticas para a população idosa no Brasil, não oferecem serviços para atender, com dignidade, essa parcela da população. É uma questão preocupante porque a população idosa cresce rapidamente e as dificuldades tendem a aumentar, tornando a situação desse público cada vez mais difícil.

Em 1950, o Brasil tinha 2,6 milhões de idosos e hoje superamos 30 milhões, a maioria pertencendo ao sexo feminino. A estimativa é que em 2050, a terça parte da população brasileira seja idosa, o que é um enorme desafio para a sociedade.

Trago alguns dados da pesquisa "Idosos no Brasil: Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade", realizada pelo Sesc em 2007 e disponibilizada no Google. A quem interessar maiores informações, basta acessar lá. Seguem os dados:

• A região Sudeste  tem a maior concentração de idosos, 49% em relação à população total. A região Norte a menor, 6%;
• Escolaridade: 50% cursaram o Ensino Fundamental e apenas 7% completaram o Ensino Superior;
• Moradia: 84% dos idosos possuem casa própria, sendo 69% já quitadas;
• Consideram que existe um forte preconceito social contra a pessoa idosa;
• Metade do público idoso (50%) demonstra interesse em realizar algum curso. Os cursos mais citados são "informática e computação", "corte e costura" e "alfabetização/ler e escrever", "continuar os estudos" e "curso superior",  Cursos como
  Corte e costura, Tricô/crochê/ bordado tem uma preferência majoritária pelas mulheres.

Os familiares e o Estado são chamados a esgrimir ferramentas e esforços capazes de amparar uma população que, no Brasil possui alguma doença degenerativa-crônica, num percentual de 70%. Outros 25% têm limitações em suas atividades.

Os cuidados dos familiares e do Estado são mais que necessários. Não são poucos os problemas e alguns inaceitáveis, dentre eles, a violência. Segundo a Agência Brasil, no fim do ano passado, com o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, foram 77,18 mil denúncias de violação de direitos humanos contra o idoso, no Brasil.

É preciso muito cuidado e rigoroso exame de cada denúncia, porque a violência contra os idosos tem várias vertentes, como moral ou psicológica, xingamentos, impedimento do idoso receber visitas, negligência do Cuidador, abandono e abuso financeiro. Além do que, dadas às dificuldades financeiras das famílias e o abandono do Estado, às vezes não é possível atender nem as necessidades mais básicas do idoso.

Ainda temos um longo caminho para ser percorrido, até que sejam atendidas as exigências do Estatuto do Idoso. Lá, a gente lê que:

"É obrigação da família, comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária” (Estatuto do Idoso, 2003).

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